Desde ontem que não sei bem onde estive nestes últimos meses.
Foi ontem apresentado o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) e, segundo o que li e ouvi do seu conteúdo, nada de parecido tinha sido dito até então, bem pelo contrário. Vejamos.
As grandes obras públicas eram imprescindíveis ao desenvolvimento económico e para a recuperação, parece que já não é assim; o corte dos benefícios fiscais em sede de IRS na educação e na saúde era um sacrilégio, parece que já não o é; as privatizações tinham sido congeladas por causa da instabilidade dos mercados, parece que a instabilidade desapareceu; o investimento público era prioritário, parece que já não o é; era, impensável em momentos, de crise cortar nas politicas sociais, parece que já não existe crise social; as pensões mais baixas iriam ter aumentos de forma a conferir dignidade a esses pensionistas, afinal parece que já não é assim, os duzentos e tal euros que ganham e, pelo facto de serem pensões que não resultam de contribuições, são afinal acções benévolas e caridosas de um estado com responsabilidade e justiça social; os impostos não iriam aumentar, parece que também aqui a coisa não vai ser bem assim.
Antes de qualquer outra análise, que aqui farei, uma coisa pode ser dita com propriedade, até à umas semanas atrás o discurso e a retórica foi mentirosa e propagandística. Estes tipos não merecem respeito nem credibilidade.
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